Lourdes Castro : luz descalça.

A pele da pintura é o seu sistema nervoso.

Pisemos as faixas do bus desse mundo afora.

É uma festa esta claridade.

As manchas pretas e brancas de uma vaca: via láctea.

Pintura-parede?

Stevie Wonder escrito numa t-shirt. Os Quais num crachá. Os Pontos Negros numa mini-saia. A Fúria do cinzento. O vermelho vivo não tem dono. Caetano é um véu.

Dêem-me um muro.

I would prefer to be invisible: Laurie anderson.

Domenico Lancellotti: Estou vivo / Sou um fio de cabelo / Entre dois planetas

Pintura-parede!

Avenida é o nosso nome.

Quem me mostrou o fogo de Cézanne não foi um cineasta francês nem um cubista espanhol muito menos um poeta inglês: foi um muralista da Califórnia.

Dêem-me um murro.

Um pintor com nome de gangster encostou a pintura à parede: Blinky Palermo.

Nada mais concreto que “escrever para acabarcomeçar com a escritura”: Haroldo de Campos.

Para Morton Feldman “a luta é entre esta sensualidade que é a elegância, e a novidade (mais fácil de atingir) excitante.”

Carmen Miranda baixou em mim.

Faço pontaria a uma outra coisa.

Preciso de um vibrafone. Hoje!

Nomes flores*.